A psicóloga, educadora e escritora Lúcia Teixeira falou sobre os 110 anos de Pagu em entrevista para a Santa Cecília TV. Ela lembrou pessoas que estão se reinventando nesta pandemia, a exemplo de Pagu, que se reinventava sempre. “Os tempos estão difíceis, mas quero deixar a voz de esperança, que também é a voz da Pagu, que sempre acreditou nisso. Ela amava Santos, o cheiro de maresia, teve grandes momentos na Cidade: sua lua de mel e sua militância política e incentivo à arte e ao teatro amador de Santos”.

Pagu foi escolhida como Patrona por Lúcia quando foi eleita para a Academia de Letras e Artes de Santos, em 1987, e incentivou seu interesse em buscar mais informações.  Lúcia escreveu três livros a partir daí sobre a musa modernista, pesquisando durante anos sobre ela, recuperando todo o material que está à disposição no Centro Pagu Unisanta, que incentiva a cultura e preserva a memória de toda essa história.

 “Os documentos têm uma carga emocional e histórica muito grande, têm lágrimas, têm marcas de pólvora. Pagu é muito atual, inclusive nesse momento, com gestos de solidariedade e acolhimento que sempre demonstrou. Uma mulher à frente do seu tempo, incompreendida, com uma linguagem ousada e atrevida. Seus ideais continuam vivos”, diz Lúcia.