Morre Norma Bengell, diretora do filme “Eternamente Pagu”
A atriz e cineasta Norma Bengell, de 78 anos, morreu por volta das 3h desta quarta-feira (9). Ela estava internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Rio-Laranjeiras e foi cremada hoje (10), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
A artista carioca, Norma Aparecida Almeida Pinto Guimarães D’Áurea Bengell, é considerada uma das maiores musas do cinema e do teatro brasileiros nas décadas de 1950, 1960 e 1970. Em 1962, ela foi a responsável pelo primeiro nu frontal do cinema brasileiro, no filme Os Cafajestes. Norma também foi a diretora do filme “Eternamente Pagu”, 1988.
O longa metragem foi o primeiro filme com a direção de Norma e retrata a história de Patrícia Galvão, a Pagu. Sobre esse mesmo tema, há o curta metragem “Pagu- Livre na Imaginação, no Espaço e no Tempo”, baseado no livro homônimo de Lúcia Maria Teixeira, uma realização dessa autora e dirigido por Rudá de Andrade e Marcelo Tassara.
Os outros filmes sob a direção de Norma foram: “O Guarani” (1997), “Magda Tagliaferro – O Mundo Dentro de um Piano” (2005) e “Infinitivamente Guiomar Novaes” (2005).
A ligação de Norma com Pagu não se resumia apenas à direção de um filme sobre a musa do modernismo. Norma também ficou conhecida, entre os artistas de sua época, pela luta contra o autoritarismo das ditaduras. “Vai ficar saudade. Era insubstituível. Ela que abria todas as passeatas contra a ditadura [1964 – 1985]. Foi revolucionária”, disse o ator Ney Latorraca, em entrevista ao G1 Rio.