Exposição sobre Pagu que esteve em cartaz na Casa das Rosa, na Capital, chega a Santos

Exposição sobre Pagu que esteve em cartaz na Casa das Rosa, na Capital, chega a Santos

A partir de 19 de agosto, os santistas que não tiveram oportunidade de conferir a exposição “Viva Pagu” na Capital  terão a chance de conhecer um pouco mais sobre a Musa do Modernismo Brasileiro.  A mostra ficará até 26 de agosto  no Bloco E da Unisanta.

Chega a Santos mais uma exposição em comemoração ao centenário da Musa do Modernismo Brasileiro. Depois de conferirem a exposição “Santos e Pagu” que ficou em cartaz no Museu do Café até o último dia 1º, os santistas terão a chance de ver a mostra “Viva Pagu” que foi visitada por mais de 7 mil pessoas na Casa das Rosas, na capital. A exposição traz manuscritos inéditos de suas obras, suas cartas, fotografias legendadas por ela e cadernos. A curadoria é de Lúcia Maria Teixeira, autora de vários livros sobre Pagu. A exposição será aberta no dia 19 de agosto e ficará em cartaz no 4º andar do Bloco E da Unisanta (Rua Cesário Mota, 8 – Ed. Leonilde e Sílvio Pirilo) até o dia 26 de agosto, com entrada gratuita.

Na mesma noite de abertura da mostra, acontecerá o lançamento do livro “Viva Pagu – fotobiografia de Patrícia Galvão”, co-editado pela Imprensa Oficial e Editora Unisanta, escrito pela professora Lúcia Teixeira e Geraldo Galvão Ferraz, filho de Pagu. Ainda sobre o livro, a autora participará da Flipzona – a área dedicada a jovens durante a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) – e também da Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Dividida em três atos, a exposição apresenta Pagu destrinchando silêncios e, no mínimo, intrigando seu interlocutor. Em destaque, a realidade brasileira dos anos 1920 aos anos 60, com suas tensões políticas e manifestações culturais. Mulher múltipla, Patrícia Rehder Galvão (1910-1962) foi jornalista, musa modernista, romancista, militante comunista, poeta, desenhista, incentivadora da cultura brasileira e da cultura universal.

O primeiro ato fala do surgimento da musa; o segundo aborda a militância política, a entrega total a uma causa; o terceiro mostra a jornalista antenada com o novo, a militância cultural, o amor à arte, à literatura e ao teatro. As frases que designam cada ato foram retiradas  de  poema de  Patrícia Galvão. No ato I, “Lê em meus olhos todos os consentimentos”; ato II: “Mata tua sede na pedra que se fez fonte”; e no III, “E te encanta com a paisagem contraditória do meu ser “.

As peças que compõem cada ato – na maioria inéditas – discursam, dialogam e contrastam entre si, fazendo aparecer as múltiplas Patrícias. São memórias, textos, depoimentos, cartas, narrativas, manifestações literárias, rastros de Pagu e de seus companheiros de viagem, registros minuciosos – inclusive informes reservados e prontuários do Deops. Elas retraçam o rico itinerário de Pagu, que riscou fronteiras desconhecidas, definiu abismos e atravessou continentes. E servem também para construir um perfil da intelectual transgressora que marcou a vanguarda do século 20.

O objetivo da curadora é recuperar o sentido dos gestos de Patrícia Galvão e da vanguarda do século 20 no Brasil para o público. “A identificação com os sonhos e ideais de Patrícia Galvão nos faz entender sua época e sua história de vida, ligada à luta pela liberação das minorias sociais, pela superação dos preconceitos, pelo espaço de construção da cultura brasileira, elegendo a arte como o caminho capaz de garantir o acesso à brasilidade.”

Lúcia explica que a identidade de Patrícia liga-se à renovação, à ousadia, à ruptura: “A renovação é, muitas vezes, confundida erroneamente com ausência de memória. Ledo engano. Sem memória, sem o confronto com o velho, não existiria renovação. Por meio de suas posições nacionalistas, o seu compromisso com o futuro se estabelece justamente através da releitura do passado brasileiro”..

O interesse da curadora por Pagu é antigo, data dos anos 1980. De lá para cá, Lúcia constituiu um importante acervo – de onde veio boa parte das peças expostas –, lançou três livros sobre Pagu, fez debates, exposições e fundou o Centro de Estudos Pagu Unisanta, que reúne ao redor de três mil documentos catalogados.

As peças apresentadas na exposição estão no livro “Viva Pagu – Fotobiografia de Patrícia Galvão” (Imprensa Oficial/Unisanta), que Lúcia escreveu em parceria com o jornalista Geraldo Galvão Ferraz, filho de Pagu e que terá lançamento junto com a abertura da mostra, na Universidade Santa Cecília, em Santos. A exposição tem a colaboração de Geraldo e  do neto de Pagu, Rudá K. de Andrade , que se encarrega  da videoinstalação.

Também faz parte da programação uma exposição que integra o terceiro ato, na qual 27 artistas plásticos santistas apresentam trabalhos inspirados em Patrícia Galvão.

Fotógrafos, desenhistas e pintores partiram de textos de Pagu e produziram obras que destacam ideias, valores e traços da personalidade da homenageada. A curadoria é de Gilson de Melo Barros.

Curadoria

Lúcia Maria Teixeira é Mestre e Doutora em Psicologia da Educação, autora de “Pagu – Livre na imaginação, no Espaço e no Tempo”, “Croquis de Pagu”,”Autoridade do Professor“,  “A Claridade da Noite” ,”Fruto Proibido” e dos infanto-juvenis “Tudo é Possível” e “O Segredo da Longa Vida”, entre outros. É presidente da Universidade Santa Cecília e presidente do Centro de Estudos Pagu Unisanta, em Santos.

SERVIÇO

Exposição Viva Pagu
Data: De 19 a 26 de agosto de 2010
Local: Universidade Santa Cecília (Rua Cesário Mota, 8 – Bl E – 4º andar – Ed. Leonilde e Sílvio Pirilo)
Horário de visitação: das 9h às 21h.
Visitas monitoradas: agendamento pelo email vivapagu@unisanta.br; pelos telefone (13) 3202- 7180 ou 3202-7162 (grupos  escolares)
GRÁTIS

Mais informações para a imprensa com Ivani Cardoso/Leonardo Neto – Lu Fernandes Comunicação e Imprensa pelo telefone (11) 3814-4600